Sob os balões, quem foi Adelir de Carli?

Sob os balões, quem foi Adelir de Carli?
Por: Dilmercio Daleffe


Os restos mortais sepultados na capela do cemitério municipal de Ampére, Sudoeste do Paraná, definitivamente, não eram de um homem comum. Foram de um homem corajoso. Um sujeito destemido. Em vida, defendeu indigentes. Lutou contra injustiças. Abraçou quem nada tinha. Deu colo. Fez muito mais do que podia. Os ossos pertenceram ao Padre Adelir Antônio de Carli, que jamais se intimidou em defender a sua causa. Ecoando a Pastoral Rodoviária, tinha como meta ajudar, levar fé e a palavra de Deus aos caminhoneiros. Diante de tanta convicção, decidiu desafiar a vida. A própria vida. Encheu cerca de mil balões com gás hélio e decolou no dia 20 de abril de 2008. Saiu de Paranaguá. E nunca mais retornou. Sua fé, sua missão e suas crenças, foram também o seu legado.

Adelir sempre foi um sujeito de bem. Nasceu em 8 de fevereiro de 1967, em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Homem simples, sofreu ainda criança com a separação dos pais. Tinha quatro anos. Salete, a mãe, deixou o pai, Aurélio, ainda na década de 70. Ao lado dela, Adelir foi morar no Paraguai. Mas, por volta dos 15 anos, já sem a mãe, que havia morrido, voltou ao Brasil. Se aproximou do pai e, junto a ele, virou borracheiro. A jornada durou pouco. Adelir não gostou do ofício. Mais tarde virou frentista num posto do tio. Salete morreu vítima de um tumor na garganta.

A vida o levava de modo pacífico. Ainda jovem, tinha suas namoradinhas. Era um cara normal. Não dependia do pai. Além de trabalhar no posto, pintava toalhas para ganhar um extra. Foi pobre a vida toda. E sempre, bastante quieto. Para a madrasta, Sueli, Adelir tinha um semblante de tristeza. Além da humildade explícita, era um excelente aluno. Tinha notas boas. Mas, já adulto, de um dia para o outro, decidiu entrar no seminário. Queria o destino levá-lo à batina. E assim ele o fez. Estudou em Paranaguá. Depois de ordenado, atuou em Ampére.

“Seo” Aurélio, o pai, teve quatro filhos. Marli a mais velha. Depois vieram Moacir, Adelir e Marcos. Uma família sem posses, vivendo sempre na simplicidade. O pai foi levado até Eldorado, no Mato Grosso do Sul, lá pelo ano de 1969. Convidado por um irmão, gerenciou um posto de combustíveis. Mas decidiu sair. Abriu uma borracharia. Trabalhou com pneus quase 40 anos. Já separado, conheceu dona Sueli em 1977. Com quem está casado até hoje. Ela sempre foi funcionária pública. Somente depois de dez anos de casada, conheceu o filho do marido, Adelir.

O filho sempre buscou estar ao lado de Aurélio. No entanto, a teimosia do pai era um obstáculo. Um homem difícil de lidar. “Ele não escuta ninguém. Não aceita a ideia de ninguém”, diz Sueli, a esposa. Certa vez, Adelir se abriu com a madrasta. “Ele disse uma vez que havia se cansado de dar conselhos ao pai. Disse pra mim: Dona Sueli, já desisti”, lembra ela. Atualmente, Sueli e Aurélio estão aposentados. E vivem em Eldorado. Ele tem 83 anos e está com Alzeimer. Necessita de muitos cuidados e, praticamente, não recebe mais visitas. “Certa vez Adelir me pediu: nunca abandone meu pai. Ninguém vai cuidar dele. Parece que ele sabia”, revelou Sueli.

PADRE

Adelir se tornou padre em Paranaguá, em 2003. Depois de ordenado, voltou às origens, atuando na pequena cidade de Ampére. Foi um pároco bastante atuante. Defensor dos direitos humanos. Por volta de 2004, foi transferido a Paróquia de São Cristóvão, em Paranaguá. Inclusive, o nome foi uma escolha sua. E foi lá onde decidiu defender a classe dos caminhoneiros. Segundo a família, descobriu a necessidade em levar a palavra de Deus até eles. Afinal, a cidade era movida a caminhões com o porto. Adelir então criou a Pastoral Rodoviária. E lutava por ela. Até a morte. Literalmente.

Para chamar a atenção a sua causa e, consequentemente, levantar fundos, decretou a ideia em voar com os balões. Uma espécie de Bartolomeu de Gusmão dos tempos modernos. No século 17, o luso brasileiro Bartolomeu ficou conhecido como o padre voador. Inventou o primeiro aeróstato operacional, a que chamou de passarola.
O primeiro teste com os balões a gás aconteceu em fevereiro de 2008. Ele foi até Ampére. E com a ajuda de parentes, encheu os balões e decolou atrás do posto da família. O voo durou quatro horas e quinze minutos. Caiu cerca de 110 quilômetros dali. Já em território argentino. Foi a deixa para o que desejava. Adelir acreditava que estava pronto para, agora, alçar voos maiores. Queria bater um recorde da categoria, voar 20 horas. Mas deu tudo errado.

O VOO

Então, já em abril do mesmo ano, ele organizou uma equipe e preparou tudo. Adelir achava que estava preparado. Mas não. No dia 20 de abril, sob um dia intensamente chuvoso, ele preparou a decolagem. Fiéis surgiram aos montes. Uma missa foi organizada por volta do meio dia. Antes de sair, orou e abençoou. Vestia roupas próprias ao frio. Para se localizar, possuía celular por satélite. Bússola eletrônica. Equipamento que media a variação do vento. Mas somente lá em cima, percebeu que não estava preparado. Adelir não sabia operar os aparelhos.

Naquele domingo cinzento, algo anunciava a tragédia. “Pedi para que desistisse da ideia. Mas nada tirava aquilo de sua cabeça”, lembra Sueli. Segundo ela, minutos antes de partir, ele teria dito na homilia: “Vou pra casa do pai”. Após a decolagem, 20 minutos depois, o padre já estava a 5,8 mil metros de altura. Era o dobro do previsto. Altura equivalente ao Aconcágua. Sem mais ser visto, conseguiu se comunicar pela última vez. “Graças a Deus estou bem de saúde. Consciência tranquila. Tá muito frio aqui em cima. Mas tá tudo bem. Eu preciso entrar em contato com o pessoal para que eles me ensinem a operar esse GPS aqui, pra dar as coordenadas de latitude e longitude, que é a única forma que alguém por terra possa saber onde estou. O celular via satélite fica saindo fora de área e além do mais, a bateria está enfraquecendo”, disse.

Adelir decolou para nunca mais voltar. A meta era chegar a Dourados, no Mato Grosso do Sul, onde morava o irmão, Marcos. A comunicação com terra não funcionou mais. Sem notícias, seu paradeiro era incerto. Já tinha cheiro de tragédia. Por dias, buscas foram realizadas. Sempre, sem sucesso. O desespero de familiares e fiéis, era agora, a única certeza. Uma angústia invadia a realidade.

RESTOS MORTAIS

No início de julho, pouco mais de dois meses após o seu desaparecimento, restos mortais de Adelir foram encontrados no litoral norte do Rio de Janeiro. Um rebocador que prestava serviços à Petrobras percebeu algo flutuando e resgatou o que ali havia achado. Levados a análise de DNA, a polícia confirmou se tratar do “padre voador”.

Pelo que tudo indicou, Adelir foi levado pelo vento ao Sul. Caiu no litoral de Santa Catarina e, possivelmente, morreu por hipotermia. Durante o tempo desaparecido, foi levado por correntes marítimas até o Rio de janeiro, na região dos Lagos. Além de partes do corpo, haviam resquícios de um material metálico, que era a roupa que vestia.

Identificado pela perícia, os restos mortais foram enviados à Ampére. No dia 02 de agosto de 2008, cerca de 500 pessoas acompanharam o seu sepultamento. Numa comoção antes, jamais vista na pequena cidade, a multidão o homenageou com muitas palmas. E lágrimas. Membros da Guarda de São Cristóvão, vestidos de vermelho, carregaram o caixão. Adelir foi sepultado em uma capela especial dos Sacerdotes da Congregação dos Agostinhos Descalços de Ampére, onde ele iniciou a função de evangelizar.

PADRE PRESTATIVO

Em Paranaguá, Adelir conquistou muitos fiéis. O grande coração o aproximou de muita gente. Uma delas foi Egípcia Voi Freitas. Conta ela que, em 2006, o filho de um casal da igreja cometeu suicídio, com um tiro. Tinha depressão. Então, no Domingo de Ramos, a doença o levou. Estava em seu quarto, na casa. Adelir soube do acontecido. Pediu para que tirassem a família do imóvel. Ele chegou, lidou com a polícia e, sem pedir ajuda a ninguém, arregaçou a batina e lavou o local. Queria poupar mais sofrimento aos pais. Ela lembra de um pároco muito prestativo. Um defensor incansável dos menos favorecidos.

Ainda em Paranaguá, em 2006, Adelir ajudou proprietários de cantinas do Porto. Eram lanchonetes de madeira. Mas que ganhavam seu sustento através da venda de bebidas, salgados e refeições aos caminhoneiros. Elas se localizavam no pátio portuário. Mas uma decisão dos dirigentes desejava que os barracos fossem destruídos. O padre então organizou um movimento. Fez uma quizumba. Armado com faixas e bandeiras enfrentou autoridades. “Ele era muito pelos pobres”, disse. Além de ser chamado de encrenqueiro, ainda acampou junto as quarenta famílias que mantinham os negócios. O padre não aceitava injustiças sociais. “Ele dizia que eram quarenta pais de família que perderiam seu sustento”, disse Egípcia.

O padre Emerson Zella viveu no seminário propedêutico, em 2002, quando Adelir terminava a Teologia. Nesse mesmo ano, Adelir se candidatou a deputado estadual. Mas não se elegeu. Zella o descreve como uma pessoa que sempre quis propagar o bem. Principalmente, aos caminhoneiros e suas famílias. “Era uma pessoa de fé. Levava as pessoas a temer a Deus. A buscar paz. Era contra injustiças”, disse. A luta contra desigualdades sociais sempre o motivou. Queria um mundo melhor. Mais equilibrado. Também tinha espírito aventureiro. Gostava de esportes radicais. Não tinha medo de nada. A não ser, Deus. “Mas o que mais o atraía eram esportes ligados ao voo”, lembrou Zella.

PASTORAL RODOVIARIA

Denise Gouveia é uma católica de Paranaguá. Ela pertenceu à Pastoral Rodoviária. O projeto desenvolvido e tão sonhado por Adelir. Juntos, atuaram para levar a palavra de Deus aos caminhoneiros do Porto. A ideia do pároco, não surgiu à toa. Nasceu ainda quando trabalhava como frentista, lá atrás, em Ampére. Ele escutava histórias de vida. Via a dureza na jornada da estrada. Passou a sentir na pele as dificuldades de cada motorista. Com o tempo, virou padre. E decidiu levantar a bandeira. Ele era convicto do que queria. Uma teimosia herdada do pai.

Frente a paróquia de Paranaguá, arregaçou as mangas e lutou pela causa. Realizava missas no pátio do porto. Ouvia o desabafo dos caminhoneiros. Levava esperança. Consolo. Colo. Fé. Deus. “Era muito bom o projeto. Eles se sentiam acolhidos. Sempre levávamos uma palavra de conforto”, lembra Denise. Ela lembra de muitas histórias. Uma delas, de um homem que sofria com a doença da esposa. “Certa vez o motorista disse que queria jogar seu caminhão da ponte na BR 277. Não aguentava a dor em saber que perderia a mulher”, lembrou Denise.

Denise conta que se tornou amiga de Adelir. Para ela, a Pastoral mudou seu modo de pensar. Principalmente, porque através dos ensinamentos do padre, passou a perceber que cada caminhoneiro defendia uma família inteira. “Eles viajam. Ficam longe de casa. Não veem os filhos crescerem. O objetivo de Adelir era dar dignidade a todos eles. E consequentemente, às suas famílias”, explicou. O projeto jamais foi abraçado pela cidade, diz a amiga. E, com a morte de Adelir, em 2008, a Pastoral Rodoviária foi abandonada. Não existe mais. Tudo o que idealizou, o que sonhou, foi sepultado. Morreu com ele, naquele último voo de balão.

De acordo com Denise, quando Adelir residia na Casa Paroquial, ela ainda necessitava de melhorias. Mas ao invés de utilizar os recursos da igreja a sua moradia, os voltava apenas a Pastoral Rodoviária. Algumas vezes os mantimentos de comida da casa não existiam. O padre os doava a quem pedisse. “Ele era assim. Deixava de comer para dar a quem precisava. Não pensava nele. Desprendido de si mesmo”, contou a amiga, emocionada.

Diante de tantas lutas contra injustiças sociais, Adelir acabou com fama de louco. Lunático. Encrenqueiro. Mas isso não o afetava. Ao contrário. Dava mais ânimo às batalhas. E ele sempre encontrava a próxima. Desafiava autoridades. Fazia barulho. Queria respostas. Soluções. Poucas vezes foi ouvido. Afinal, era bastante cômodo, para alguns, chamá-lo de louco, ao invés de tentar equilibrar a balança das desigualdades.
Denise afirma que Adelir sempre foi incompreendido. Puxava a orelha dos fiéis. Como pastor, queria conduzir seu rebanho a campos mais férteis. Ele também batia no tema da prostituição infantil. Além de pedir aos caminhoneiros que evitassem a prática, por vezes, deixava sua casa, de madrugada, para percorrer a cidade. Não aceitava a ideia de crianças se submeterem aos abusos.

Em 2006, Adelir recebeu uma denúncia. Soube que mendigos eram obrigados a entrar numa vã do município e, em seguida, deixados em outras cidades. Falava-se também em agressões físicas. O padre botou a boca no trombone. Tentou por algumas vezes falar com o prefeito da época. Mas não teria sido atendido. Sem ter o que fazer, denunciou ao Ministério Público. Segundo Denise, o pároco começou a receber ameaças. Por fim, a prática não foi provada. E o padre, ganhou fama de encrenqueiro. “O fato é que, depois disso tudo, nunca mais ouviu-se falar de maus tratos a mendigos na cidade”, disse Denise.

A amiga o descreve como um raio que passou pela cidade. Ele deixou sua marca, definitivamente. “Era o nosso oxigênio. Aprendemos as suas lições. Dizia que preferia morrer jovem, deixando feitos. A morrer velho, sem nada a ter feito”, revelou. Para ela, Deus o colocou na cidade, em sua vida, com a intenção de frear as desigualdades.

INDISCIPLINA

Adelir nunca esteve preparado ao voo. É o que afirma o ex instrutor Márcio André Lichtnow. Seis meses antes de se lançar à morte, o padre se inscreveu nas aulas de parapente de Márcio, em Curitiba. O treinamento acontecia nas segundas feiras. Mas, herdando a teimosia do pai, Adelir era indisciplinado. Segundo Márcio, ele não quis aulas teóricas. Achava que eram desnecessárias. Não seguia normas impostas. O resultado foi uma catástrofe. Acabou expulso da escola de voo.

Márcio conta que a teimosia apareceu na prática, pela primeira vez, num treinamento em um pasto. No local, o padre, o instrutor e algumas vacas. Naquele dia, as rajadas de vento estavam muito fortes. “Eu percebi que estava entrando uma rajada bastante forte e pedi para que ele abaixasse o equipamento, ainda em terra. Ele disse que não iria abaixar. Que conseguiria se manter”, lembra. Mas o vento o jogou para cima. Dois a três metros de altura. Quando caiu, o parapente parou sobre uma das vacas. Assustada, ela correu. E foi arrastando o padre por vários metros. O bicho arrebentou o equipamento. Foi o primeiro prejuízo ocasionado por Adelir.

Final de 2007. Morro do Boi. Caiobá. Primeiro voo de parapente de Adelir. “Ele estava mais ou menos preparado. Tinha alguma experiência prática. E nenhuma teórica”, disse Márcio. Tudo certo, o padre voou. Ele teria que ir até um determinado ponto e voltar, sempre se mantendo na área de ascendência do morro. Como o vento começou a diminuir, o instrutor pediu, por rádio, que fosse ao pouso. Era uma ordem, para a própria segurança. Adelir não obedeceu. Disse que queria continuar voando. Um outro amigo que também voava, tentou conduzir o padre ao pouso. Mas também, sem sucesso.

“Quando olhei para a praia, vi só o meu amigo pousando. Não vi mais o padre. Para o meu espanto, Adelir conseguiu ganhar altura e veio por trás do morro. Por onde não se pode voar e bateu nas árvores”, lembrou. Ficou pendurado. Márcio achou que ele tinha se machucado. Pouco tempo depois, surgiu numa pedra, dizendo que estava bem. O instrutor o esperou para um verdadeiro esporro. Aquele seria o dia para colocar os cachorros pra fora. “Queria dizer que fez tudo errado. Fez uma coisa muito perigosa. Colocou todo mundo em risco”, disse. Mas a conversa não aconteceu. Adelir pegou o carro e fugiu. Possivelmente, com medo dos puxões de orelha.

Dias depois do episódio, Márcio recebe um telefonema dos bombeiros do litoral. Queriam informações sobre o incidente. Pediam documentos de instrutor. “O padre disse no relatório que ele voava tranquilamente quando eu o atrapalhei e o joguei sobre as árvores. Jogou a culpa em mim ainda”, lembra. Depois disso, Márcio o expulsou da escola. Não existia mais “vento” na história entre os dois.

Meses após ter saído das aulas, Márcio o encontrou em uma empresa de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. Adelir ali estava para pedir patrocínio no projeto dos balões. Foi então que o padre explicou o que desejava. Voar de Paranaguá até o Mato Grosso. “Disse pra ele ser impossível. Os ventos não permitem. Temos uma situação de brisa marinha no litoral que, a partir de dois mil metros de altura o vento é oeste”. Definitivamente, o instrutor afirmou a ele que a ideia não seria possível. Passado algum tempo, já em 2008, Márcio viu as notícias do seu desaparecimento no Fantástico. Era o fim da história do padre.

“Qualquer um sabia que aquele dia não existia nenhuma condição de voo. Um ciclone extra tropical entrando. Vento com garoa. E ele com bexigas. Não se voa nem com avião”, ressalta Márcio. Para ele, Adelir não tinha preparação nenhuma para voar. Não tinha noção do que estava fazendo. E foi bastante avisado. Mas, novamente, a teimosia falou mais alto. O problema nem era a teimosia, em si. Mas o foco a que vinha se submetendo. Desejando ficar conhecido com a sua aventura, acreditava que conseguiria recursos à Pastoral Rodoviária. E era só nisso que pensava. A causa era mais forte que o próprio medo.

Assim, com uma forte personalidade, Adelir sempre se deixou levar pelas próprias convicções. Combateu as injustiças. Doou o coração. Estendeu a mão aos caminhoneiros. Bateu de frente contra autoridades. Mas desafiou a vida num voo equivocado. E a perdeu. Sua história terminou. Mas, para muitos fiéis que conviveram com ele, o legado permanece. Para eles, o coração de Adelir era maior que qualquer outra coisa. Muito maior até mesmo aos balões. Os mesmos que o tornaram conhecido.


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